Como fazer o recurso da 2 fase da OAB sozinho?

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O resultado preliminar da 2ª fase do 41º Exame de Ordem acabou de ser publicado! Aos que foram aprovados, parabéns! Desejamos todo o sucesso nessa nova etapa profissional. Por outro lado, aqueles que não conseguiram a aprovação no resultado preliminar, CALMA! Ainda há chances reais de aprovação. Abaixo vou te ensinar como fazer um recurso campeão da prova de 2ª da OAB, passo a passo, para que possa buscar sua aprovação.

Lembrando que o prazo recursal do 41º Exame da OAB tem início amanhã (17/10) e vai até o meio-dia (12h00) do próximo domingo (20/10). A via recursal, embora estreita, é um caminho real e possível para buscar a tão sonhada aprovação na OAB. Seguir diretrizes de sucesso pode ser decisivo para o resultado do seu recurso. Por isso, MUITA atenção a todos os detalhes que vamos abordar a seguir.

Claro, receber um resultado negativo de uma prova que envolve tantos sonhos, tantas emoções, como a OAB, pode ser algo frustrante à primeira vista… mas respire e venha conosco, pois ainda existe esperança e você deve buscar a aprovação através do recurso, caso haja elementos para tanto em sua prova. Inclusive, você sabia que a ReCurso Oficial disponibiliza o serviço de Pré-Análise SEM PAGAR do cabimento do seu recurso?

Decidir entre interpor ou não o recurso talvez seja o momento mais crítico para o Examinando que se deparou com um resultado preliminar de reprovação na 2ª Fase da OAB. Isso porque é aquele momento que se faz necessário analisar à miúde o retrato da sua prova em comparação com a melhor doutrina, legislação e jurisprudência aplicáveis ao caso, para aferir a plausibilidade de argumentos para conduzir à majoração da nota para além do ponto de corte 6,00 e, assim, conquistar a aprovação.

Sabemos que nem sempre a realidade da prova, que é única e exclusiva, nos traz possibilidades de interposição de recurso. Por isso, a ReCurso Oficial disponibilizou esse serviço de avaliação da viabilidade de recurso diante da sua prova SEM PAGAR nada, sem custo e sem compromisso financeiro inicial, podendo escolher ao final da análise por nossa Banca de Professores Especialistas se irá contratar o serviço de elaboração do recurso ou não, caso seja viável. Confie sua prova aos profissionais responsáveis pelo aumento da nota de mais de 12 mil candidatos em concursos públicos e exames profissionais, atuando como pioneiros em recursos profissionais da OAB desde 2016.

Reconhecendo que muitos Examinandos enfrentam dificuldades para elaborar seus próprios recursos, desenvolvemos um guia prático intitulado “Como fazer o recurso da 2ª Fase da OAB sozinho”. O propósito deste material é auxiliar aqueles que se sentem perdidos na elaboração de recursos, oferecendo orientações para que possam proceder da melhor maneira possível, maximizando suas chances de sucesso ao interpor recurso contra o resultado preliminar do 41º Exame da OAB. Vamos lá:

Quando devo recorrer do resultado preliminar da prova discursiva da OAB?

Decidir se deve ou não recorrer do resultado preliminar da 2ª fase da OAB pode ser uma das decisões mais cruciais da sua jornada rumo à aprovação. Muitas vezes, os Examinandos subestimam a importância de uma análise criteriosa da correção feita pela FGV, o que pode levar a perder oportunidades de ajuste ou, pior, a superestimar suas próprias respostas. O recurso é, sim, uma ferramenta indispensável, mas também requer uma avaliação precisa: será que existem falhas ou inconsistências na correção da sua prova que realmente justifiquem a contestação pela via recursal? Ou seria um investimento de tempo, energia e muitas vezes financeiro desprovido de sustentação?!

Aqui está o ponto central: não basta apenas acreditar que sua nota poderia ser maior; é preciso identificar em quais critérios de avaliação do Padrão de Respostas Definitivo houve possíveis injustiças, lacunas ou erros objetivos. Para isso, o recurso deve ser fundamentado em uma argumentação técnica robusta, baseada na legislação adequada, doutrinas relevantes e jurisprudência que fortaleçam seu ponto de vista, especialmente para buscar oportunidades de majoração da nota obtida pela ampliação do espelho de correção. É exatamente nesse processo que muitos candidatos cometem erros, seja por falta de conhecimento específico tecnicamente falando, seja por desconhecerem o histórico acadêmico dos membros da banca recursal ou por estar emocionalmente abalado diante do resultado indesejado de reprovação.

Elaborar um recurso eficiente, além de ser um trabalho árduo, envolve uma análise minuciosa e a aplicação de estratégias legais bem definidas. Essa tarefa, que à primeira vista pode parecer simples, é na verdade uma das etapas mais determinantes para o seu sucesso. E é aqui que uma pré-análise de cabimento do recurso diante da sua prova pode fazer toda a diferença.

Por que correr o risco de deixar passar algo despercebido? Ao fazer a pré-análise com especialistas, sem pagar nada por isso, você garante que cada detalhe da sua prova será examinado por profissionais experientes, sem qualquer custo inicial. Isso lhe traz a tranquilidade de confiar sua prova a quem de fato domina todos os elementos e todas as nuances que circundam um recurso da 2ª fase da OAB e a segurança de recorrer apenas caso haja chances reais de aprovação. Afinal, sua aprovação pode estar a apenas uma revisão de distância.

Quem pode fazer o recurso?

Os candidatos que não obtiveram a nota mínima para aprovação, que é de 6,00 pontos podem, ao menos em tese, interpor recurso contra o resultado preliminar da 2ª Fase do Exame de Ordem. Mas para fazer sentido é necessário e fundamental avaliar de forma preliminar se existe elementos que, tecnicamente, justifiquem o recurso, isto é, que possam majorar sua nota para aprovação.

Situações mais comuns em que cabe recurso

Elaborar um recurso para a 2ª fase da OAB não é apenas uma formalidade: é um processo delicado, em que qualquer detalhe pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Muitas vezes, os Examinandos acreditam que apenas bons argumentos ou uma leitura superficial do espelho de correção são suficientes, mas a verdade é que o cenário pode ser muito mais complexo do que parece. Aqui, exploramos três hipóteses comuns para recurso, mas também levamos você a refletir sobre o que pode estar oculto nas entrelinhas da sua correção, sobretudo considerando o Perfil Acadêmico dos Membros da Banca Recursal da FGV para o Exame de Ordem.

  1. Resposta Exata ao Espelho e Ausência de Pontuação

Tese Recursal: A banca avaliadora não atribuiu a pontuação correta para uma resposta que atendeu rigorosamente ao que foi solicitado no Padrão de Respostas Definitivo.

Fundamento: É fundamental demonstrar que sua resposta seguiu à risca o que o espelho exigia, e que, mesmo assim, a pontuação não foi atribuída. Parece simples, certo? Mas será que você conseguiu interpretar o espelho corretamente? E se houver algo sutil que você deixou passar? Já imaginou não recorrer por acreditar que tudo está claro, mas perder pontos cruciais por um detalhe técnico que apenas um especialista detectaria? Pior ainda: e se a correção contiver um erro que você nem sabe que está lá, escondido em uma interpretação obscura?

  1. Resposta com Sinônimos ou Paráfrase Não Pontuada

Tese Recursal: O candidato utilizou sinônimos ou paráfrases, que expressam o mesmo conteúdo do espelho de correção, mas não recebeu pontuação por isso.

Fundamento: A norma culta da língua portuguesa admite o uso de sinônimos, e a correção deve considerar essa flexibilidade linguística, sobretudo em se tratando de matéria jurídica, ciência inexata e que comporta argumentações muitas vezes completamente divergente e defensáveis segundo legislação vigente, mas que diante do caso em concreto é que se farão adequadas ou inadequadas. Porém, você tem certeza de que a banca entendeu seu argumento da mesma forma? Ou será que a redação ambígua, uma escolha de palavra ligeiramente fora do esperado, comprometeu a atribuição de pontos? Muitos Examinandos perdem pontos por interpretações restritivas, e isso pode estar acontecendo com você agora, sem nem perceber. Será que a sua confiança na sua própria análise pode estar te cegando para erros que só um olhar externo, treinado, conseguiria identificar? Esse é um risco que você realmente quer correr?

  1. Resposta com Argumento Sólido Não Pontuada

Tese Recursal: A banca desconsiderou uma argumentação válida, fundamentada em doutrina ou jurisprudência, mesmo que não seguisse exatamente a referência do Padrão de Respostas.

Fundamento: Abordagens múltiplas são permitidas no Direito, e o recurso deve argumentar que o raciocínio utilizado é defensável, ainda que divergente do espelho. Mas aqui está o ponto: será que sua argumentação é realmente tão sólida quanto você acredita? Será que seu recurso conseguirá convencer a banca? Um erro estratégico na construção do raciocínio pode desqualificar uma tese aparentemente boa, e essa é uma armadilha que muitos candidatos não percebem até ser tarde demais. Não arriscar pode significar a diferença entre a aprovação e a reprovação.

Mas e as situações que você não está enxergando?

Você sabia que existem falhas mais sutis que nem sempre aparecem de maneira óbvia ao comparar suas respostas com o padrão de respostas da FGV? Pequenos deslizes na interpretação de critérios subjetivos, inconsistências nas regras de pontuação ou até falhas humanas na correção. E se a sua prova for uma dessas? Pior ainda: já pensou que o prazo para recurso é curto e a sua chance de reverter uma decisão injusta pode escorregar por entre seus dedos porque você confiou apenas no seu julgamento que restou prejudicado, eventualmente, por toda a emoção envolvida?

Diante de tantos riscos, será que realmente vale a pena apostar todas as fichas em uma análise que você fez por conta própria? Talvez contar com profissionais que sabem identificar essas falhas escondidas possa ser o seu trunfo para garantir a aprovação. Lembre-se: não se trata apenas de um direito de recorrer, mas de um risco real de não aproveitar todas as oportunidades possíveis.

Como elaborar recurso: passo a passo

Bem. Vencida a etapa de pré-análise do cabimento do seu recurso, ou seja, identificados elementos potencialmente suficientes para majorar sua nota pelo menos para 6,00 visando livrar o ponto de corte e obter a aprovação na OAB, agora é o momento de desenvolver efetivamente seu recurso. Nesse momento surgem dúvidas, como:

Como devo estruturar o meu recurso do começo ao fim?

Essa é uma das perguntas mais cruciais, mas também a mais subestimada. A estrutura do recurso não é apenas uma formalidade; cada seção deve ser planejada estrategicamente, começando com a identificação precisa dos pontos que serão contestados e passando pela argumentação jurídica detalhada. Mas e se você estiver deixando algum ponto importante de fora? O risco aqui é não apresentar o recurso da maneira mais impactante. Seria prudente contar com a ajuda de quem já conhece os meandros de como a banca pensa e atua.

Que elementos devem ou não ser contemplados em meu recurso, de modo a maximizar as minhas chances de aprovação?

Você sabe exatamente o que incluir no seu recurso, mas, mais importante, sabe o que evitar? Citar excessivamente ou utilizar argumentos fracos pode enfraquecer seu pedido. Quais são as palavras que, se mal escolhidas, podem minar suas chances? Talvez o recurso precise de uma dose de estratégia que só um profissional experiente pode oferecer.

Devo escrever em primeira ou terceira pessoa?

Parece uma questão simples, mas a escolha da voz pode influenciar a percepção da banca. Será que um tom mais impessoal confere maior autoridade? Ou a primeira pessoa transmite mais convicção? A questão aqui não é apenas gramatical, mas estratégica. Profissionais entendem que até a forma como você se dirige à banca pode impactar a avaliação.

Como devo me dirigir à banca?

Como você pode garantir que está utilizando o tom certo de respeito e formalidade, sem parecer arrogante ou submisso? Um tom incorreto pode até causar antipatia. Você pode ter todo o conhecimento técnico, mas será que está transmitindo isso da forma mais diplomática possível?

Devo incluir citações/referências técnicas e/ou doutrinárias?

Muitos acreditam que o simples uso de doutrina e jurisprudência é suficiente para reforçar seu recurso. Mas será que você está usando as referências corretas? E se a banca preferir um entendimento doutrinário mais recente, ou uma jurisprudência mais relevante? Citar doutrinas equivocadas pode enfraquecer seu argumento. Isso não é algo que se pode arriscar.

Existe alguma conexão entre o posicionamento acadêmico do Membro da Banca Examinadora Recursal da FGV e a sua avaliação do meu recurso?

Aqui reside uma questão delicada: o membro da banca possui uma visão acadêmica que pode influenciar na avaliação do seu recurso. Será que você está levando em consideração essa perspectiva? A falta de alinhamento entre seu argumento e a visão predominante da banca pode ser fatal. E quem, melhor do que um especialista que conhece essas nuances, para identificar essa possível inclinação?

Como devo reclamar pontuação parcial?

Nem sempre é necessário pedir a totalidade dos pontos. Muitas vezes, uma pontuação parcial pode ser mais realista, mas você sabe exatamente como pedir isso? E se você estiver sendo muito agressivo e a banca entender como uma afronta? A forma de solicitar pontos pode definir o sucesso ou fracasso do seu recurso.

Convém transcrever trecho para o qual peço atribuição de pontuação ou não?

Transcrever trechos pode ser útil, mas também pode se tornar um tiro no pé se você não fizer isso de maneira inteligente e pensada. Será que é melhor destacar apenas os pontos principais? Ou vale a pena transcrever um parágrafo completo para contextualizar? A decisão aqui pode ser mais complexa do que parece. A ajuda profissional pode garantir que essa escolha seja a mais assertiva possível.

Posso pedir expansão do espelho? Caso positivo, como e quando fazê-lo?

Pedir a expansão do espelho pode ser uma estratégia interessante, mas você sabe como fazer isso sem que pareça desespero? E se a banca interpretar que você está apenas tentando ganhar tempo ou pontuação? Saber o momento certo de fazer esse pedido é uma questão de timing, que pode ser a chave do sucesso. E será que você consegue identificar esse timing sozinho?

Aposto em um recurso mais objetivo ou mais longo?

Muitos acreditam que um recurso mais longo mostra dedicação, mas pode ser que a banca prefira algo mais enxuto e direto. Como equilibrar objetividade e profundidade de argumentos? Aqui, menos pode ser mais, ou mais pode ser essencial. Como você pode saber a dose certa sem experiência específica? Um profissional pode indicar o equilíbrio ideal entre profundidade e clareza.

Devo optar por linguagem rebuscada ou coloquial?

Uma linguagem rebuscada pode soar sofisticada, mas também pode alienar o avaliador, enquanto uma linguagem coloquial pode ser vista como falta de preparo. Qual o tom ideal para demonstrar conhecimento sem perder a objetividade? Essa é outra armadilha que pode comprometer seu recurso se você não souber encontrar o meio-termo.

Faz sentido inserir argumentos jurídicos sobre direitos fundamentais ao contraditório e à ampla defesa dadas as condições de execução da minha prova prática?

O uso de direitos fundamentais como o contraditório e a ampla defesa pode, à primeira vista, parecer um argumento forte. Mas você já parou para pensar que isso pode soar genérico ou forçado, se não for bem trabalhado? Apenas quem tem experiência com a banca sabe até que ponto esses argumentos são bem aceitos ou podem ser rejeitados por falta de especificidade. Será que não é melhor confiar em quem sabe como usar essas teses a seu favor?

Outras questões que você pode estar ignorando:

  • Como garantir que seu recurso não será apenas mais um entre milhares que chegam à banca?
  • Quais os maiores erros cometidos por candidatos que recorrem sem orientação profissional?
  • Até que ponto o seu recurso pode ser considerado “exagerado” ou “subestimado” pela banca?
  • O que você pode estar perdendo ao tentar resolver tudo sozinho?

Diante dessas incertezas, é realmente seguro confiar apenas no seu julgamento? Um recurso é um processo estratégico e técnico que pode mudar o rumo da sua carreira. Um pequeno erro, por mais insignificante que pareça, pode custar sua aprovação. Considerar o apoio de especialistas pode ser a diferença entre garantir a vitória ou ficar preso à reprovação.

O recurso deve ser claro, técnico e bem fundamentado. Ele não é um simples pedido de revisão, mas uma peça argumentativa que deve demonstrar de forma objetiva que sua resposta atende aos critérios de correção definidos pela banca.

Estrutura ideal do Recurso da 2ª Fase da OAB

Primeiro. Antes de iniciar seu recurso, analise cuidadosamente o espelho de correção da sua prova discursiva, identificando os itens nos quais você não obteve pontuação máxima. Verifique se há inconsistências que justifiquem a interposição do recurso, com base nos elementos já analisados anteriormente.

Segundo. Uma vez identificados os pontos em que a pontuação foi inferior ao esperado, realize uma pesquisa aprofundada nas fontes jurídicas relevantes, como legislação, doutrina e jurisprudência, para embasar sua argumentação. A solidez do recurso depende diretamente da qualidade e relevância dos argumentos que você apresenta.

Terceiro. Avalie o perfil acadêmico e doutrinário dos membros da banca examinadora Recursal da FGV. Eles têm inclinações específicas que podem ser aproveitadas para fortalecer seus argumentos? Conhecer o posicionamento teórico e prático dos avaliadores pode ser uma vantagem estratégica na construção de um recurso mais robusto.

Quarto. Revise detalhadamente todos os pontos da prova em que você acredita ter havido erro de correção. Questões de interpretação subjetiva ou mesmo erros técnicos na correção podem ter influenciado negativamente sua pontuação. Você está seguro de que captou todas essas nuances?

Quinto. Estruture seu recurso com base em argumentos técnicos e jurídicos que justifiquem o aumento da nota. É essencial que o seu recurso demonstre, com clareza e precisão, que houve uma falha na avaliação e que ela deve ser corrigida. Não se esqueça: um recurso bem fundamentado pode, inclusive, abrir portas para futuras ações judiciais, caso necessário.

Sexto. Ao redigir seu recurso, tenha em mente a estrutura adequada: enderece-se à banca com o devido respeito, apresente o ponto específico da prova que você está contestando, argumente de forma clara e objetiva o que está incorreto na correção e indique a pontuação devida. Finalize o recurso solicitando a revisão da nota de forma assertiva.

Sétimo. Durante a elaboração do seu recurso, considere alguns fatores cruciais que podem influenciar o resultado:

  • Estrutura textual: Um recurso mal estruturado pode prejudicar a compreensão do avaliador e, consequentemente, reduzir suas chances de sucesso. Lembre-se de que o objetivo não é escrever para você mesmo, mas para convencer a banca. Atente-se à clareza, coerência e coesão do seu texto. Recursos elaborados por profissionais levam isso em consideração, e ao escrever por conta própria, é fácil negligenciar esse aspecto importante.
  • Gramática: Embora o foco da banca não seja avaliar erros gramaticais, um texto bem escrito tem mais chances de persuadir o examinador. Um recurso claro, sem ambiguidade e bem organizado, transmite maior seriedade e comprometimento. Não se esqueça de que a impressão que você causa pode ser tão importante quanto os próprios argumentos. É justamente aqui que a percepção subjetiva do avaliador pode interferir de forma decisiva.
  • Fundamentação: Não basta dizer que sua resposta está correta; é crucial demonstrar isso. Você deve fundamentar suas alegações, explicando como e por que sua resposta corresponde ao espelho de correção, além de referenciar pontos de doutrina ou jurisprudência que reforcem sua argumentação. A ausência de uma fundamentação sólida pode comprometer todo o seu recurso.
  • Referências: Utilize fontes de referência de qualidade, como doutrina renomada e jurisprudência consolidada, para dar peso ao seu recurso. Referências bem escolhidas podem ser decisivas para demonstrar a validade dos seus argumentos. Além disso, o uso de referências de fontes respeitadas reforça a seriedade e profundidade do seu recurso. Lembre-se de seguir as normas de citação recomendadas, como as da ABNT, para manter o rigor acadêmico.
  • Membros da banca: Compreender o perfil dos membros da banca pode ser um diferencial decisivo. Saber quais são suas áreas de expertise e preferências doutrinárias permite direcionar seus argumentos de forma mais assertiva, aumentando as chances de sucesso. Um recurso personalizado, que considere essas variáveis, demonstra conhecimento profundo e atenção aos detalhes que podem fazer toda a diferença.

É, sabemos o quanto é exigente o trabalho de elaborar um recurso denso, assertivo e que aborde todas as possibilidades razoáveis de aumento da nota. Principalmente, considerando todo o emocional envolvido. Caso fique mais confiante, conte com o serviço profissional de recurso personalizado e individualizado da Recurso Oficial.

Exemplo de um recurso campeão

A título meramente ilustrativo, colacionamos abaixo pequeno trecho de um recurso. Mas atenção: este conteúdo não se trata de um modelo! Como já pontuado acima, a utilização de modelos de recurso pode levar ao indeferimento sumário da minuta recursal. Essa é uma regra universal em matéria recursal. Desse modo, o conteúdo abaixo deve ser percebido unicamente como uma ideia simplificada da estrutura recursal, tangibilizando em alguma medida o que apresentamos até aqui.

Colenda Banca Examinadora,
Cumprimentando-lhes, o Recorrente, por meio deste, apresenta razões de recurso contra o resultado preliminar da Questão 1, no que toca a ambos os tópicos previstos como “abordagem esperada” para avaliação pelo gabarito apresentado nos “Critérios de Correção” disponibilizados por essa Banca, com fulcro nos fundamentos a seguir delineados, na forma do edital, para ao final requerer o deferimento do recurso, com a retificação da pontuação atribuída e o acréscimo de 0,7 pontos para totalizar a pontuação máxima na questão, ou seja, 1,25 pontos, ou com o acréscimo de pontos que se entenda pertinente e a correspondente integração da pontuação total, senão vejamos.
Trata-se, na questão, de hipótese de proposta de emenda à constituição estadual para extensão do teto remuneratório dos servidores públicos lato sensu previsto na Constituição Federal para abranger igualmente os integrantes de empresas públicas e sociedades de economia mista e subsidiárias, contra a qual pretende insurgir-se o Governador do Estado por meio de mandado de segurança, por entender a proposta como materialmente inconstitucional, para suspender a tramitação legislativa e arquivá-la em definitivo.
Então, pincelado o quadro fático acima descrito, o enunciado questiona, tudo em face da Constituição Federal e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: (I) seria admissível o pretenso mandado de segurança?; (II) qual a legitimidade para propor esse mandado de segurança?; (III) qual o objeto cabível para esse mandado de segurança?; (IV) no mérito, há inconstitucionalidade na matéria da proposta de emenda à constituição estadual?
Nesse sentido, considerando-se a ausência de detalhamento individualizado das razões adotadas por essa D. Banca Examinadora quando da análise da prova do Recorrente em específico para atribuir-lhe a pontuação indicada em confrontação com o “gabarito” e os “critérios de correção” objetivamente expostos como referência geral da correção realizada, restará demonstrado, a seguir, o pleno atendimento pelo Recorrente dos elementos exigíveis segundo os questionamentos aduzidos no enunciado da questão em lume, já que abordou de maneira correta e completa aquilo que fora exigido para deslinde da hipótese tratada, pelo que faz jus à majoração da pontuação atribuída para a máxima possível, qual seja, 1,25 pontos. Confira-se.
Da leitura do “gabarito” disponibilizado por essa D. Banca Examinadora quando da publicação do resultado preliminar, observa-se como referência dos critérios de correção dois tópicos como “abordagem esperada” para a Questão 1 aqui tratada, os quais serão abordados a seguir de modo detalhado, para fins de evidenciar o pleno atendimento pelo Recorrente, com a indicação inclusive das linhas nas quais se vislumbram os conteúdos passíveis de exigência em conformidade com o enunciado da questão, a saber:
• No tópico 1, observa-se, em síntese, que a Banca poderia exigir apenas uma resposta pela inadmissibilidade do mandado de segurança pretendido, quanto à legitimidade ativa e ao objeto, com a explicação de que apenas os parlamentares teriam tal prerrogativa visando garantir o direito ao devido processo legislativo (aspectos formais e procedimentais), tendo em vista o que fora efetivamente questionado pelo enunciado da questão, uma vez que aí estariam contempladas a questão da admissibilidade da hipótese trazida, da legitimidade ativa e do objeto dessa espécie de mandado de segurança, tudo conforme questionado pelo enunciado. É certo que o Recorrente atendeu a todos esses elementos de forma completa e regular às LINHAS 1-8, fazendo jus à majoração de sua nota para atribuição da pontuação máxima possível neste tópico, isto é, 0,30.
• Importante frisar, ainda sobre o tópico 1, que é inexigível por essa D. Banca Examinadora que o Recorrente responda aquilo que não foi questionado pelo enunciado da questão, por absoluta incoerência lógica e irrazoabilidade, em violação à boa-fé que deve pautar o manejo de concurso público, de modo que a ausência de menção ao art. 60, § 4º, da Carta Magna não pode descreditar pontuação do Recorrente, uma vez que traduz exceção não questionada na hipótese da questão vertente.
• Já no tópico 2, tem-se por exigível, de acordo com o enunciado da questão em comento, a análise da procedência do mérito da questão quanto à inconstitucionalidade da proposta de emenda e o seu porquê, qual seja, dada a restrição expressamente prevista na Constituição Federal da aplicabilidade do teto remuneratório às empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias que recebem recursos públicos para pagamento de despesas com pessoal ou custeio em geral com menção ao art. 37, IX, § 9º, da Carta Maior, tudo quanto expressamente respondido pelo Recorrente às LINHAS 12-20, esgotando todos os temas efetivamente questionados pelo enunciado e encerrando a matéria passível de exigência, pelo que faz jus à majoração de sua nota também nesse tópico para atribuição da pontuação máxima possível neste tópico, isto é, 0,30.
• Assim como mencionado acima quanto ao tópico 1, é meridiano constatar a inexigibilidade de abordagem pelo Recorrente do regime jurídico aplicável à remuneração do pessoal de entidades não abrangidas pelo teto remuneratório com menção aos dispositivos constitucionais pertinentes, uma vez que tal conhecimento não foi objeto de questionamento pelo enunciado, sendo certo a impossibilidade de gerar descrédito de pontuação ao Recorrente.
Ante todo o exposto, REQUER que seja realizada a revisão da correção empreendida na Questão 1 da Prova Escrita Dissertativa I, no que toca a ambos os tópicos previstos como “abordagem esperada”, para que seja constatada a necessária retificação da pontuação total atribuída no resultado preliminar com o DEFERIMENTO DO RECURSO e um acréscimo de 0,6 pontos para totalizar a pontuação máxima na questão, ou seja, 1,25 pontos, ou com o acréscimo de pontos que se julgue pertinente e a correspondente integração da pontuação total, por ser a medida da mais lídima Justiça!

O que não fazer no Recurso?

  • Não copie o padrão de resposta: Copiar grandes trechos do padrão de resposta é uma perda de espaço valioso. Utilize apenas o necessário para contextualizar seu argumento.
  • Não use modelos: Um recurso genérico, que não trata dos detalhes específicos da sua prova, será facilmente descartado pela banca. O examinador precisa ver uma argumentação individualizada e embasada.
  • Não exagere na formalidade: Um recurso claro, objetivo e respeitoso é mais eficaz do que uma redação rebuscada e cheia de formalismos. Foque na clareza.
  • Não copie o recurso do colega: O recurso que não leva em consideração o que foi escrito na sua prova, de forma individualizada possui grandes chances de ser indeferido.
  • Não deixe para última hora: com a publicação do resultado preliminar, faça suas análises, seja sozinho, com amigos/familiares ou apoio profissional, mas tome sua decisão e, caso opte por recorrer, não deixe para protocolar no último dia, pois o sistema não raro apresenta inconsistências e dificuldades de acesso.

E lembre-se: caso não se sinta confiante para elaborar o seu recurso sozinho, não se culpe. Os sentimentos envolvidos, as expectativas e até mesmo a ansiedade podem jogar contra o necessário distanciamento para a elaboração de um recurso técnico, que aproveite todas as oportunidades de elevação da nota. Para que entenda: como médico, você operaria um ente da família, como sua mãe ou seu filho? Certamente não! Portanto, não se culpe.

Interpor um recurso bem fundamentado é uma etapa importante para corrigir possíveis erros na correção da prova discursiva da OAB. Se precisar de ajuda para garantir que seu recurso seja eficaz, conte com nossa equipe especializada.

Estamos na torcida por sua aprovação, boa sorte!

ReCurso Oficial: conquistando aprovações.

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